PIX: entenda as principais mudanças programadas para novembro

A partir de 1º de novembro, entrarão em vigor uma série de mudanças no Pix. Entre as principais novidades, destacam-se o aumento das medidas de segurança para evitar fraudes digitais e a introdução de novas modalidades de pagamento, como o Pix por aproximação e o Pix automático. Essas mudanças impactarão tanto os consumidores quanto as instituições financeiras, trazendo mais agilidade e segurança para as transações.

Além de reforçar a segurança, essas novas funcionalidades também prometem transformar a forma como as empresas gerenciam suas operações financeiras, além de melhorar significativamente a experiência do cliente.

A seguir, apresentamos um resumo das principais mudanças e seus potenciais impactos na gestão dos negócios e na satisfação dos consumidores.

  1. Quais são as novas medidas de segurança?

A principal mudança envolve a restrição das transações realizadas a partir de dispositivos que não estejam cadastrados pelo cliente junto ao banco. Nesses casos, o valor das transferências será limitado a R$ 200 por transação, com um limite diário de R$ 1.000. Essa medida visa minimizar os riscos de fraudes em dispositivos desconhecidos.

Para as empresas, essa maior segurança significa menos risco de fraudes em transações via Pix, garantindo mais tranquilidade ao receber pagamentos digitais. A proteção adicional reduz a exposição a potenciais prejuízos, contribuindo para uma gestão financeira mais segura e eficiente.

  1. E como fazer para movimentar valores maiores do que R$ 1.000?

Se o cliente trocar de dispositivo, será necessário cadastrá-lo no banco para que as transferências com valores superiores a R$ 1.000 sejam liberadas. Para aqueles que continuarem utilizando o mesmo dispositivo cadastrado, as regras de limite não sofrerão alterações.

Essa medida garante que as transações maiores sejam realizadas com mais segurança, sem prejudicar os clientes que já utilizam dispositivos autorizados. Isso proporciona uma experiência mais segura e, ao mesmo tempo, sem interrupções para o cliente, que pode continuar a realizar suas operações de forma rápida e conveniente.

  1. Quais são as novas regras para os bancos?

O Banco Central implementou novas exigências para garantir a segurança das transações via Pix, que devem ser seguidas pelas instituições financeiras:

  • Utilização de soluções de gerenciamento de risco de fraude, com base em dados armazenados no Banco Central, capazes de identificar transações atípicas ou incompatíveis com o perfil do cliente;
  • Disponibilização de informações claras e acessíveis aos clientes sobre como se proteger contra fraudes;
  • Verificação semestral dos clientes para identificar possíveis registros de fraude na base de dados do Banco Central.

Para os empresários, a adoção dessas medidas de segurança pelos bancos oferece mais confiança nas transações realizadas com Pix. Isso pode contribuir para uma maior aceitação do Pix como meio de pagamento, aumentando a confiança do cliente e reduzindo custos relacionados à gestão de fraudes e disputas de transações.

  1. O que é o Pix por aproximação?

Semelhante ao funcionamento das carteiras digitais de débito e crédito, o Pix por aproximação permitirá ao cliente realizar transações sem a necessidade de acessar o aplicativo do banco. Basta aproximar o dispositivo da maquininha ou outro ponto de venda habilitado, e a transação será concluída automaticamente. Essa modalidade estará disponível a partir de fevereiro de 2025.

O Pix por aproximação torna as transações ainda mais rápidas e convenientes. Ao eliminar a necessidade de abrir o aplicativo bancário, os clientes poderão concluir suas compras de forma mais ágil, o que pode melhorar a experiência em pontos de venda físicos e reduzir filas e tempos de espera.

Para as empresas, a implementação do Pix por aproximação pode agilizar o processo de pagamento e aumentar a eficiência operacional. Isso é especialmente vantajoso em ambientes de alta rotatividade, como lojas de varejo e restaurantes, onde cada segundo economizado no pagamento contribui para um atendimento mais rápido e eficiente.

  1. O que muda com o Pix por aproximação em relação ao que ocorre hoje?

Atualmente, ao realizar compras online com Pix, o cliente precisa deixar o ambiente de compra e acessar o aplicativo do banco para finalizar a transação, seja por meio de cópia e cola, chave Pix ou QR Code. Com o Pix por aproximação, o pagamento será realizado diretamente na plataforma onde a compra está sendo feita, sem a necessidade de redirecionamento, simplificando a experiência do usuário. Essa simplificação é um grande avanço para a experiência de compra online. Ao integrar o processo de pagamento diretamente à plataforma de compra, o Pix por aproximação proporciona mais fluidez ao cliente, reduzindo etapas e tornando o checkout mais intuitivo e agradável.

  1. O que é o Pix automático e como ele funciona?

Previsto para entrar em operação em junho de 2025, o Pix automático permitirá o pagamento de cobranças recorrentes de forma automatizada. Com a autorização do usuário, será possível realizar pagamentos de forma automática, sem a necessidade de confirmar manualmente cada transação. Isso trará mais eficiência, reduzirá custos operacionais e diminuirá o risco de atrasos nos pagamentos.

O Pix automático trará benefícios diretos à gestão financeira das empresas, especialmente para negócios que lidam com cobranças recorrentes, como academias, escolas e plataformas de streaming. Com ele, o processo de cobrança será mais eficiente, eliminando a necessidade de enviar lembretes ou gerir inadimplências de forma manual, além de melhorar o fluxo de caixa.

Para os consumidores, a automatização dos pagamentos recorrentes proporciona mais conveniência e segurança, eliminando a necessidade de lembrar-se de cada pagamento mensal. Isso também reduz a chance de atrasos e eventuais desconfortos relacionados a cobranças, melhorando a satisfação do cliente com o serviço.

  1. Quais são os tipos de cobranças recorrentes?

As cobranças recorrentes referem-se a pagamentos programados com datas específicas, geralmente mensais. Exemplos incluem:

  • Contas de consumo: água, energia elétrica e gás;
  • Mensalidades de escolas, faculdades e cursos de idiomas;
  • Taxas de academias e clubes sociais;
  • Planos de saúde;
  • Assinaturas de serviços de streaming (como Netflix, Amazon Prime, HBO Max);
  • Assinaturas de portais de notícias.

Essas novas funcionalidades não apenas modernizam o sistema de pagamentos, mas também trazem oportunidades para o setor empresarial, oferecendo maior conveniência e segurança tanto para empresas quanto para clientes.

Fonte: Assessoria Técnica FecomercioSP

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